A Amazônia possui um grande potencial em biodiversidade, recursos minerais, culturais, saberes e conhecimentos próprio de seus povos. Todo este potencial tem sido ameaçado desde que os olhos dos piratas e ladrões europeus e norteamericanos para cá se voltaram. A parte da região amazônica em território brasileiro vem perdendo de forma acelerada as suas riquezas para atender os interesses dos países que representam o centro do capitalismo. No sul e sudeste do Pará, a frente de destruição da natureza com a expansão do capital se dá com grande intensidade a partir do inicio da década de 1970, com abertura de estradas, inicio da construção da hidrelétrica de Tucurui, avanço da pecuária, extração de madeiras e implantação de infra-estruturas para exploração mineral. O resultado do avanço dos interesses de grupos empresariais (pecuaristas, madeireiros, empresários do ramo do comércio e da siderurgia e mineradoras) tem sido o surgimento do trabalho escravo, do assassinato de trabalhadores e trabalhadoras rurais, a destruição da natureza, a acumulação econômica por poucos, inchaço das cidades, extermínio da juventude, aumento da exploração da força de trabalho, da prostituição, da violência, e do tráfico de drogas.
A Campanha Contra o Saque dos Minérios é um grande esforço contra o atual modelo de apropriação dos recursos minerais no Brasil, a partir de iniciativas desenvolvidas nas regiões sul e sudeste do Pará, articulada com outros movimentos no Estado, em outros Estados da federação e a nível internacional. São iniciativas que procuram levar o povo brasileiro a compreender que não é admissível ficarmos assistindo o furto de nossos minérios, feito por empresas nacionais e internacionais possibilitadas através de concessões feitas pelo governo federal, com a visão cega de apenas de geração de divisas. São iniciativas que procuram sensibilizar o povo brasileiro para uma grande mobilização local e nacional em defesa de nosso patrimônio e de nossa soberania sobre o destino de nossas riquezas, que possam derrubar o mito de que a mineração é geradora de desenvolvimento e progresso. São iniciativas que possam agregar os mais diversos setores da sociedade para uma luta permanente contra o atual modelo, construir forças para dizer NÃO e dar um BASTA na situação, envolvendo principalmente as populações que estão sendo atingidos pelos problemas da mineração com maior intensidade. Que estão no centro do furacão.
A campanha se faz necessária por entendermos que por falta de uma política regulatória para a exploração mineral que garanta benefícios para as populações, principalmente do entorno dos projetos, ela se dá de forma espoliatória e beneficia apenas as empresas, com a geração de irreparáveis problemas sociais e ambientais. O que as empresas pagam para o governo através de compensação financeira é uma migalha, que varia de 1 a 3% do lucro líquido, que fica 12% com o governo federal, 23% com o Estado e 65% com os um municípios onde está encravada a jazida. Não queremos compensação, mas sim, o lucro que hoje vai para os bolsos dos acionistas que controlam as ações preferenciais. Por o governo incluir o minério como mais uma comodittie do rol das que podem gerar divisas para o país, mas não como um bem que possa agregar valores no local da mina fortalecendo outras unidades produtivas, como a agricultura familiar, é que se faz oportuna e necessária a campanha. Uma iniciativa, para evitar, enquanto há tempo, os desmatamentos, a destruição de cavernas, a proliferação de crateras, a poluição das águas superficiais e subterrâneas, um desastre ecológico, a desterritorialização do campesinato e o fim de nossas riquezas minerais em um tempo tão curto, sem que futuras gerações possam usufruir deste bem natural. Para criarmos um marco regulatório para mineração que leve em consideração a alteração na forma de arrecadação da compensação e defina a forma de aplicação desta, porque hoje os governos usam como bem querem; que leve em consideração a consulta prévia às populações sobre se querem ou não a implantação do projeto; que reduza o poder das empresas mineradoras e do Estado sobre as populações proprietárias ou posseiras dos solos; e que a exploração mineral deixe de ser apenas para geração de divisas, mas sim para geração de benefícios para a população.
A campanha será desenvolvida em municípios do sul e sudeste do Pará, no campo e nas cidades, através de reuniões, encontros, seminários, debates, estudos, panfletagem, visitas à locais de extração e transformação de minérios, divulgação na mídia. Serão potencializados os usos dos mais diversos espaços de concentração de pessoas como, escolas, praças, ruas de área comercial, igrejas, eventos, feiras... Serão usados as mais diversas linguagens como filmes, cartazes, peça teatral, músicas, poesias, panfletos, jornais impressos, internet...
Inicialmente a iniciativa é de várias entidades dos movimentos sociais e populares da região que já se articulam historicamente contra as mazelas da consolidação do capital, mas a campanha é aberta para qualquer outra entidade ou pessoa que queira contribuir e concorde com os princípios que a norteiam. As entidades que tomam a iniciativa: CPT, MST, MAB, CEPASP, FEAB, MTM, Pastorais Sociais, Movimento Debate e Ação, Coletivo Amazônida de Formação e Ação Revolucionária, Movimento dos Atingidos pela Mineração, STTR de Canaã dos Carajás, Justiça nos Trilhos. Não possuímos sede específica para a campanha, quem se interessar deve procurar uma destas entidades ou seus representantes, nos municípios onde atuam.
A Amazônia possui um grande potencial em biodiversidade,
ResponderExcluirrecursos minerais, culturais, saberes e conhecimentos próprio de seus
povos. Todo este potencial tem sido ameaçado desde que os olhos dos
piratas e ladrões europeus e norteamericanos para cá se voltaram. A
parte da região amazônica em território brasileiro vem perdendo de
forma acelerada as suas riquezas para atender os interesses dos países
que representam o centro do capitalismo.
No sul e sudeste do Pará, a frente de destruição da natureza com a
expansão do capital se dá com grande intensidade a partir do inicio da
década de 1970, com abertura de estradas, inicio da construção da
hidrelétrica de Tucurui, avanço da pecuária, extração de madeiras e
implantação de infra-estruturas para exploração mineral.
O resultado do avanço dos interesses de grupos empresariais
(pecuaristas, madeireiros, empresários do ramo do comércio e da
siderurgia e mineradoras) tem sido o surgimento do trabalho escravo,
do assassinato de trabalhadores e trabalhadoras rurais, a destruição da
natureza, a acumulação econômica por poucos, inchaço das cidades,
extermínio da juventude, aumento da exploração da força de trabalho,
da prostituição, da violência, e do tráfico de drogas.
O que é a campanha?
ResponderExcluirA Campanha Contra o Saque dos Minérios é um grande esforço
contra o atual modelo de apropriação dos recursos minerais no Brasil, a
partir de iniciativas desenvolvidas nas regiões sul e sudeste do Pará,
articulada com outros movimentos no Estado, em outros Estados da
federação e a nível internacional.
São iniciativas que procuram levar o povo brasileiro a compreender
que não é admissível ficarmos assistindo o furto de nossos minérios,
feito por empresas nacionais e internacionais possibilitadas através de
concessões feitas pelo governo federal, com a visão cega de apenas de
geração de divisas.
São iniciativas que procuram sensibilizar o povo brasileiro para uma
grande mobilização local e nacional em defesa de nosso patrimônio e
de nossa soberania sobre o destino de nossas riquezas, que possam
derrubar o mito de que a mineração é geradora de desenvolvimento e
progresso.
São iniciativas que possam agregar os mais diversos setores da
sociedade para uma luta permanente contra o atual modelo, construir
forças para dizer NÃO e dar um BASTA na situação, envolvendo
principalmente as populações que estão sendo atingidos pelos
problemas da mineração com maior intensidade. Que estão no centro
do furacão.
Porque a campanha?
ResponderExcluirA campanha se faz necessária por entendermos que por falta de
uma política regulatória para a exploração mineral que garanta
benefícios para as populações, principalmente do entorno dos
projetos, ela se dá de forma espoliatória e beneficia apenas as
empresas, com a geração de irreparáveis problemas sociais e
ambientais.
O que as empresas pagam para o governo através de compensação
financeira é uma migalha, que varia de 1 a 3% do lucro líquido, que fica
12% com o governo federal, 23% com o Estado e 65% com os um
municípios onde está encravada a jazida. Não queremos compensação,
mas sim, o lucro que hoje vai para os bolsos dos acionistas que
controlam as ações preferenciais.
Por o governo incluir o minério como mais uma comodittie do rol das
que podem gerar divisas para o país, mas não como um bem que possa
agregar valores no local da mina fortalecendo outras unidades
produtivas, como a agricultura familiar, é que se faz oportuna e
necessária a campanha.
Uma iniciativa, para evitar, enquanto há tempo, os desmatamentos,
a destruição de cavernas, a proliferação de crateras, a poluição das
águas superficiais e subterrâneas, um desastre ecológico, a
desterritorialização do campesinato e o fim de nossas riquezas
minerais em um tempo tão curto, sem que futuras gerações possam
usufruir deste bem natural.
Para criarmos um marco regulatório para mineração que leve em
consideração a alteração na forma de arrecadação da compensação e
defina a forma de aplicação desta, porque hoje os governos usam como bem querem; que leve em consideração a consulta prévia às
populações sobre se querem ou não a implantação do projeto; que
reduza o poder das empresas mineradoras e do Estado sobre as
populações proprietárias ou posseiras dos solos; e que a exploração
mineral deixe de ser apenas para geração de divisas, mas sim para
geração de benefícios para a população.
Como será desenvolvida a campanha?
ResponderExcluirA campanha será desenvolvida em municípios do sul e sudeste do
Pará, no campo e nas cidades, através de reuniões, encontros,
seminários, debates, estudos, panfletagem, visitas à locais de extração
e transformação de minérios, divulgação na mídia.
Serão potencializados os usos dos mais diversos espaços de
concentração de pessoas como, escolas, praças, ruas de área
comercial, igrejas, eventos, feiras...
Serão usados as mais diversas linguagens como filmes, cartazes,
peça teatral, músicas, poesias, panfletos, jornais impressos, internet...
Quem participa da campanha?
ResponderExcluirInicialmente a iniciativa é de várias entidades dos movimentos
sociais e populares da região que já se articulam historicamente contra
as mazelas da consolidação do capital, mas a campanha é aberta para
qualquer outra entidade ou pessoa que queira contribuir e concorde
com os princípios que a norteiam.
As entidades que tomam a iniciativa: CPT, MST, MAB, CEPASP, FEAB,
MTM, Pastorais Sociais, Movimento Debate e Ação, Coletivo
Amazônida de Formação e Ação Revolucionária, Movimento dos
Atingidos pela Mineração, STTR de Canaã dos Carajás, Justiça nos
Trilhos.
Não possuímos sede específica para a campanha, quem se
interessar deve procurar uma destas entidades ou seus
representantes, nos municípios onde atuam.